terça-feira, 23 de novembro de 2010

O "Caminho" dos caminhos!


Quando se está num caminho, é impossível estar em outro. Por mais que vários caminhos se mostrem possíveis, se seguir um deles, estará abandonando o caminho original. Há um caminho que o coração reconhece e que leva à plenitude do ser. Não se trata na verdade de um caminho, mas O Caminho.

A todo momento fazemos escolhas, mesmo que automáticas. A mente reconhece múltiplas alternativas e as analisa com base na distinção entre bom e ruim, questionando qual caminho seguir. É importante se ter consciência de que os apontamentos da mente discriminatória não tiram o valor da verdade por trás das aparências, da totalidade por trás dos fragmentos. Ou seja, nenhum pensamento alterará a realidade daquilo sobre o qual se está pensando. As coisas são o que são, independente de nosso julgamento.

Se o grande caminho for abandonado através de uma escolha, saiba que não o abandonará realmente, mas apenas ilusoriamente através da mente. Para voltar à origem, será necessário desapegar-se das falsas verdades e optar pela não-mente, pela não-fragmentação de caminhos. Reconheça que as coisas e fenômenos são insubstanciais, que tudo está integrado e, por isso, não existe uma divisão real. Tudo é uma unidade. A ideia de que tudo está separado é uma óptica mental. É preciso transcender a mente para reconhecer que o eu, os outros, o nome que temos e o que damos às coisas como parcelas do Universo são apenas conveniências. A consciência iluminada do Dào, o caminho uno e vazio, não faz essa distinção. Eu sou o que os outros são, o que os astros e todos os fenômenos são: manifestações da confiança espiritual, decisão consciente, ouvir a voz do coração, certeza intuitiva, centrado e sereno em meio ao caos, sublime acima dos valores aparentes e finalmente SER & NÃO SER...

 

0 comentários: