domingo, 29 de maio de 2011

Seu reflexo no espelho pode ser "cósmico"...




Para redescobrir o agora, precisamos olhar para trás, olhar para o lugar de onde viemos, para o estado original. Olhar para trás, nesse caso, não significa olhar para trás no tempo, retroceder milhares de anos. Significa olhar para trás em nossa própria mente, olhar para um ponto anterior ao começo da história, anterior ao início do pensamento, anterior à eclosão de qualquer pensamento. Quando estamos em contato com este solo original, as ilusões do passado e do futuro nunca nos confundem, pois somos capazes de permanecer continuamente no agora.

 Esse estado original do ser é comparável a um espelho primordial, cósmico. Primordial, aqui, significa incondicionado, não causado por nenhuma circunstância. O que é primordial não é uma reação a favor ou contra uma situação qualquer. A semelhança do espelho, é capaz de refletir tudo, do mais óbvio ao mais sutil, e continua a se manter como é. O quadro de referência básico do espelho cósmico é extremamente vasto e está absolutamente livre de qualquer predisposição: matar ou curar, esperança ou medo.

 A maneira de olhar para trás e vivenciar o ser do espelho cósmico é simplesmente relaxar. Relaxar, nesse caso, é algo muito diferente de amolecer ou ficar à toa . Aqui, relaxar significa relaxar a mente, deixar de lado a ansiedade, os conceitos e a depressão que normalmente nos aprisionam. Durante a meditação não nos colocamos nem “a favor” nem “contra” as experiências. Ou seja, em vez de louvar determinados pensamentos e reprovar outros, adotamos uma atitude imparcial. Deixamos que as coisas sejam como são, sem julgamento, e assim nós mesmos aprendemos a ser, a expressar nossa existência de maneira direta e não-conceitual. Esse é o estado ideal de relaxamento, um estado que nos permite vivenciar o agora do espelho cósmico. Na verdade, isso já é a vivência do espelho cósmico.

  Quando somos capazes de olhar para as coisas sem dizer: “Isso me é favorável ou desfavorável”, “Concordo com isso” ou “Não concordo com isso”, estamos vivenciando o ser do espelho cósmico, a sabedoria do espelho cósmico.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Coração despido



Quando acordamos desse modo o nosso coração, descobrimos com surpresa que ele está vazio. Temos a impressão de olhar o espaço sideral. O que somos nós? Quem somos nós? Onde está nosso coração? Se olharmos com atenção, nada veremos de tangível ou sólido. Claro, é possível encontrar algo muito sólido, se tivermos rancor contra alguém ou se estivermos possessivamente apaixonados. Esse, porém, não é um coração desperto. Se procuramos o coração desperto, se colocamos a mão no peito para senti-lo, nada encontramos – a não ser ternura. Sentimo-nos doloridos e ternos, e se abrimos os olhos para o mundo, reconhecemos em nós uma profunda tristeza. Uma tristeza que não vem de termos sido maltratados. Não estamos tristes porque nos insultaram ou porque nos consideramos pobres. Não. Essa experiência de tristeza é incondicional. Ela se manifesta porque nosso coração está absolutamente exposto. Nenhuma pele ou tecido o recobre – é pura carne viva. Mesmo que nele pousasse apenas um mosquito, nós nos sentiríamos terrivelmente tocados. Nossa experiência é crua; nossa experiência é terna e absolutamente pessoal.

O autêntico coração da tristeza provém da sensação de que o nosso inexistente coração está repleto. Estaríamos prontos para derramar o sangue desse coração, prontos para oferecê-lo aos outros. Para um guerreiro, é a experiência do coração triste e terno que dá origem ao destemor, à coragem. Convencionalmente “ser destemido” significa não ter medo, significa revidar um murro, dar o troco. Aqui, entretanto, não estamos falando do destemor das brigas de rua. O verdadeiro destemor é produto da ternura e sobrevém quando deixamos o mundo roçar nosso coração, nosso belo e despido coração. Estamos dispostos a nos abrir, sem resistência ou timidez, e a encarar o mundo. Estamos dispostos a compartilhar nosso coração.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Todos os nossos atos geram amor(de alguma forma...)



Podemos ocupar-nos do bem-estar dos outros, porque descobrimos que nosso bem-estar se torna acrescido de bem-estar, e isto não é forçosamente uma coisa má. Abrir-se aos outros é uma maneira de alargar seu coração, sua inteligência também, é talvez a melhor maneira de ir “além do ego”; no caminho do bodhisattva, há uma justificativa completamente interessada que é a nossa própria libertação. Tornar-se livre e feliz, amando!

 A compaixão, esta qualidade de ser e de amor nunca é centrada no “eu”. Não é o eu que ama, porque justamente o eu não sabe amar; com todos os defeitos que ele acumula em sua vida, o “eu” somente procura preservar-se, ele só pede para ser amado, sem cessar e sempre mais, e isto nunca é o “bastante”.

Trata-se de despertar para uma qualidade de ser, de consciência e de amor que é a nossa natureza essencial; trata-se de deixá-la vir primeiro em nós, depois, deixar crescer esta capacidade de dom, esta qualidade de despertar, a fim de que todos os nossos atos estejam impregnados dela.

sábado, 21 de maio de 2011

Os Segredos do Ocultismo & Ciência Real (documentário-Discovery)


Olá caros amigos internautas!
Segue abaixo um documentário feito pela "Discovery Chanel" muito interessante por sinal!
  Nesse ótimo documentário, surpreendentemente o canal por assinatura "Materialista/Ateu" fala com respeito sobre as ciências ocultas, deixando claro que a ciência atual deve muito aos antigos Magos e Bruxos do passado, e por tudo que estamos presenciando, deverá voltar em parte a suas raízes.
Teorias como a das super cordas, o Design Inteligente, estudos parapsicológicos, etc... já mostram quais os rumos que a ciência deverá seguir a partir de agora.
O reducionismo materialista/ateu está cada vez mais sendo provado falso e incoerente, e a ciência está rumando para unir forças com os místicos.
Uma ciência expandida está se desenhando, livre dos axiomas e dogmas materialistas/ateus.  
Peço por favor para ao assisterem obtenham "mente atenta" e "observação conciente".
Paz á todos...
De algum lugar...
O observador.

 Parte 1


Parte 2

Parte 3 


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Libertando das noções do "eu"



Se praticarmos examinando em profundidade o chamado “eu”, descobriremos que ele é constituído exclusivamente de elementos “não-eu”. Uma flor é feita somente de elemento não-flor – uma semente, nuvens, sol, minerais e muitos outros “elementos não-flor”. Se devolvermos todos esses elementos não-flor às suas respectivas fontes, a flor não poderá existir. É por isso que podemos dizer que nosso “eu” é formado unicamente de elementos “não-eu”.

A segunda idéia que precisa ser removida é o conceito de que uma pessoa é uma entidade separada. Nós não podemos estar aqui sem os elementos não-humanos – como os animais, vegetais e minerais. Se os destruirmos, destruímos a nós mesmos como seres humanos. O Sutra do Diamante é o texto mais antigo que ensina a proteger o meio ambiente, pois afirma que os seres humanos são feitos de elementos não-humanos. Se tais elementos são destruídos, os humanos também são. Não é só a noção do “eu” como entidade separada que devemos remover, mas também a idéia do ser humano como entidade independente.

A terceira noção a ser eliminada é a dos seres animados e vivos. Observando a fundo, vemos que todos são feitos das chamadas substancias inanimadas, como minerais e água. Ao respeitarmos os direitos dos seres não-vivos, respeitamos os direitos dos seres vivos.

A última noção a ser removida é a do tempo de vida. Acreditamos que começamos a existir no exato momento em que nascemos e que nossa existência cessa depois da morte. Mas, se observarmos a fundo, perceberemos que a vida é infinita, exatamente como o Buda. Esse é o ensinamento do Sutra do Diamante. Precisamos aprender a adotar esses ensinamentos no dia-a-dia. Praticando a terceira reverência diariamente, conseguiremos remover as idéias de nascimento e morte e do “eu” e do tempo de vida. Assim, o medo da morte desaparecerá por completo. Podemos pensar que a prática da terceira reverência é mais difícil do que a primeira e a segunda, porém ela se torna fácil quando praticamos bem as duas primeiras. Conseguimos nos libertar das noções de nascimento e morte e do medo de morrer praticando as três reverências. Seremos de grande ajuda para o que estão morrendo. (*) Vamos ser capazes de inspirar-lhes fé, confiança e paz.

sábado, 14 de maio de 2011

Janelas abertas



Certa noite voltei ao meu apartamento após caminhar por horas numa avenida a noite entrando pela madrugada, e percebi que todas as portas e janelas do apartamento estavam completamente abertas. Ao deixar a casa, eu não as havia fixado, e um vento frio soprou através da habitação, abrindo as janelas e espalhando por toda a sala os papéis que estavam sobre minha mesa. Imediatamente fechei as portas e janelas, acendi uma lâmpada, recolhi os papéis e arrumei-os ordenadamente sobre minha mesa. Acendi então o fogo do fogão, e fiz um "quente chá-preto" e logo o calor crepitante da bebida voltou a aquecer minha alma.

 Algumas vezes nos sentimos cansados, com frio e solitários no meio da multidão. Podemos desejar nos retirar para sermos nós mesmos e nos aquecermos novamente, como fiz no apartamento, sentando-me e apreciando um quente e aconchegante chá, protegido do vento frio e úmido. Nossos sentidos são janelas para o mundo exterior, e algumas vezes o vento sopra e nos perturba interiormente. Muitos de nós deixamos a janela aberta o tempo todo, permitindo que as visões e os sons do mundo nos invadam, nos penetrem e exponham nosso eu triste e perturbado. Ficamos com muito frio e nos sentimos solitários e temerosos. Você já deu consigo assistindo a um programa horrível na televisão e incapaz de desligá-la? Os sons estridentes e o estampido de armas de fogo são desagradáveis. No entanto, você não se levanta para desligar a televisão. Por que você se tortura dessa maneira? Você não quer fechar suas janelas? Está com medo de ficar sozinho – do vazio e da solidão que poderá encontrar quando se vir a sós?

domingo, 8 de maio de 2011

O amor de "Mãe" e a distância entre acreditar e agir...



Dia das Mães, uma data tão explorada e abusada pelo comércio. Para resgatar nosso sentimento sobre nossa Mãe, reproduzo o trecho inicial do capítulo "Uma Rosa para sua lapela" do lindo livro Ensinamentos sobre o Amor, de Thich Nhat Hanh (Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2005). Ao ler, lembre-se que foi escrito por um homem santo e grande meditador, que não se deixa levar pelas emoções -- o que torna o texto tanto mais tocante ao falar do sentimento pela mãe:

O pensamento “mãe” não pode estar separado do pensamento “amor”. O amor é doce , terno e delicioso. Sem amor, a criança não consegue florescer, o adulto não amadurece. Na ausência desse sentimento, somos fracos, amargos. No dia em que minha mãe morreu, escrevi no meu diário: “Aconteceu a maior infelicidade da minha vida!” Mesmo uma pessoa idosa não se sente preparada quando perde a mãe. Ela tem a impressão de que ainda não amadureceu, que de repente ficou sozinha. Sente-se tão abandonada e infeliz quanto um órfão jovem.

[...]

O trabalho do pai é enorme, imenso como uma montanha. A devoção da mãe transborda, como a água de uma nascente da montanha. O amor materno é o primeiro sabor de amor que conhecemos, a origem de todos os sentimentos de amor. Nossa mãe é quem primeiro nos ensina a amar, a disciplina mais importante na vida. Sem minha mãe eu nunca teria aprendido a amar. Graças a ela posso amar meus vizinhos. Graças a ela posso amar todos os seres vivos. Por meio dela adquiri minha primeira noção de compreensão e compaixão. A mãe é base de todo o amor, e muitas tradições religiosas reconhecem isso e honram sua figura – a Virgem Maria, a deusa Kwan Yin. Mal a criança abre a boca para chorar, a mãe já está correndo para o berço. Ela é um espírito gentil e doce que faz a infelicidade e as preocupações desaparecerem. Quando a palavra “mãe” é pronunciada, logo sentimos nosso coração transbordando de amor. A partir do amor, a distância entre acreditar e agir torna-se muito curta.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bin Laden já estava morto. Mas quando foi?


Olá amigos internautas "conscientes"! Segue abaixo vídeo que mostra através de uma série de fatos, como Osama Bin Laden "morreu" em 2005.
Revelando imagens de Bin Laden ferido, em 2005, acabando por falecer devido aos ferimentos.
Havia ainda outra fonte credível dessa informação, Benazir Bhutto ,ex-primeira ministra do Paquistão havia revelado que os serviços secretos paquistaneses mataram binladen, mas que os E.U.A continuavam a mentirinha de que ele estaria vivo, para satisfazerem os interesses da guerra contra o “terrorismo”.
Ela falou demais e morreu mais tarde vítima de um “atentado terrorista” em 27 de Dezembro de 2007
Vejam e reflitam...
OBS: Talvez não dê para fazer download nos famosos sites de download de vídeos do youtube (saveviceo.me, keepvid e outros) porque o vídeo não está acessível para visualizar automaticamente, só após os internautas confirmarem e fazerem login.  
  

terça-feira, 3 de maio de 2011

A morte de Osama bin Laden... Why so serious? Mrs. Obama?



Em 1º maio de 2011, o presidente Barack Obama apareceu na televisão norte-americana em cadeia nacional, com o anúncio espontâneo de que Osama bin Laden, o suposto organizador dos trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, foi morto por forças militares no Paquistão.

Logo em seguida uma grande reação da mídia ocorreu em praticamente todas as redes de televisão, no que só poderia ser descrito como a exibição de uma celebração grotesca, reflexo de um nível de imaturidade emocional que beira a psicose cultural. O retrato de pessoas correndo pelas ruas de Nova York e Washington entoando slogans jingoístas americanos, acenando suas bandeiras como membros de algum culto, louvando a morte de outro ser humano, revela ainda outra camada desta doença que chamamos de sociedade moderna.

a morte de Osama bin Laden não significa nada quando se trata do problema do terrorismo internacional. Sua morte simplesmente serve como catarse para uma cultura que tem uma fixação neurótica em vingança e retaliação. O próprio fato de que o governo que, do ponto de vista psicológico, sempre serviu como uma figura paterna para seus cidadãos, reforça a idéia de que assassinar pessoas é uma solução, deveria bastar para que a maioria de nós fizesse uma pausa e refletisse sobre a qualidade dos valores provenientes do próprio zeitgeist.

No entanto, além das distorções emocionais e do padrão trágico e vingativo de recompensar a continuação da divisão humana e da violência, há uma reflexão mais prática em relação ao real problema e a importância desse problema quanto à sua prioridade.

Como sociedade, é seguro dizer que nós buscamos um mundo que estrategicamente limite todas as consequências desnecessárias através de abordagens sociais que permitam a maior segurança que nossa engenhosidade possa criar. É neste contexto que a obsessão neurótica com os acontecimentos de 11 de setembro de 2001 tornou-se gravemente insultante e prejudicial ao progresso. Criou-se um ambiente em que quantidades ultrajantes de dinheiro, recursos e energia são gastos na busca e destruição de subculturas muito pequenas de seres humanos que apresentam diferenças ideológicas e agem sobre essas diferenças através da violência.

Ainda assim, apenas nos Estados Unidos, a cada ano cerca de 30.000 pessoas morrem em acidentes automobilísticos, a maioria dos quais poderiam ser evitados por mudanças estruturais muito simples. Isso são dez “11 de setembro” a cada ano… mas ninguém parece lamentar esta epidemia. Da mesma forma, mais de 1 milhão de americanos morrem de doenças cardíacas e câncer por ano – cujas causas atualmente são, em sua maioria, facilmente ligadas a influências ambientais. No entanto, independentemente dos mais de 330 “11 de setembro” que ocorrem a cada ano neste contexto, as alocações de orçamentos públicos para pesquisas sobre estas doenças são apenas uma fração do dinheiro gasto em operações “anti-terrorismo”.

Tal lista poderia aumentar indefinidamente no que diz respeito à perversão de prioridades quando se trata do verdadeiro significado de salvar e proteger a vida humana, e espero que muitos possam reconhecer o grave desequilíbrio que temos em mãos, quanto aos nossos valores.
Quero dizer que sinto profundamente pela dor das famílias que perderam seus entes queridos no 11 de setembro... Mas esses roteiros "holywoodianos" tem que terminar... 
As familias sentem a dor... Assim como famílias no Afeganistão, Iraque e outros na palestina também sofrem.
Todos são "humanos", sangram, choram, sonham, amam...

OBS: A imagem abaixo é uma "montagem" assim como a primeira. Estão apenas para "reflexão"...

Acordem pessoal! Nem tudo é o que parece nessa sociedade de ilusões que se mostram como verdades "absolutas"! Parem... Meditem... Reflitam... 

De algum lugar... Paz na mente e no coração dos seres "conscientes"...

O Observador...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A essência real do amor.



Maitri pode ser traduzido como “amor”, ou “bondade amorosa”. Alguns mestres budistas preferem “bondade amorosa” por considerarem a palavra “amor” muito perigosa. Mas eu prefiro o termo “amor”. Às vezes, as palavras adoecem, e nós temos que curá-las. A palavra “amor” tem sido usada como um termo correspondente a apetite, ou desejo, como em “eu amo hambúrgueres”. É necessário empregar o idioma com mais cuidado. “Amor” é uma palavra bonita, devemos recuperar seu significado. O termo maitri tem raízes na palavra mitra, que quer dizer amigo. No budismo, o principal significado de amor é amizade.

Todos nós possuímos as sementes do amor. Podemos desenvolver essa maravilhosa fonte de energia nutrindo o amor incondicional que nada espera de volta. Quando compreendemos uma pessoa no fundo do coração, inclusive alguém que nos feriu, não conseguimos deixar de amá-la.