sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Mensagens que nos leva a refletir.

No último dia do mês de outubro deixo transcrito neste blog as mensagens mais marcantes do estudo que tenho feito através do método logósofico. Ciencia singular criada pelo pensador e humanista Carlos Bernardes Gonazles Pecochte.

Não se deve esterilizar a vida vivendo-se rotineiramente, mecanicamente; requer
dar-lhe a cada dia, e se possível a cad hora, um novo estímulo. (ICL, 184)

Cada um deve buscar dentro de si mesmo a chave de seu próprio enigma. (ICL, 433)

Se no ser humano não existe a consciência do verdadeiro, a vida flutua entre a
realidade e a ficção e, continuamente, este é induzido a atuar em sentido
contrário à sua própria inspiração. Acontece assim, porque, achando-se a
inspiração no plano do ideal, é necessário estar em permanente contato com ela
para poder caminhar pela senda da realidade, sem se desviar nunca para a da
ficção. (ICL, 222)

O estudante tratará, pois, de reunir um grande número de pensamentos,
disciplinando-os e adestrando-os segundo convenha à organização defensiva de sua
mente. Deste modo, nunca haverão de faltar-lhe as reservas mentais, que acudirão
aceleradamente em sua ajuda nos casos de premência, para impedir a irrupção de
pensamentos estranhos a seus propósitos e perturbadores da paz e harmonia
internas. (LCM, 108)

É necessário vencer a morte para sentir e saber o que é, na realidade, a vida. A
morte se vence vencendo a inércia, que é ausência de vida; vencendo a distração,
que é ausência de consciência, enquantoo coração pulsa ao ritmo do que chamam
vida. (ICL, 115)

Viver uma vida múltipla é como viver várias existências em uma, visto que se
desfrutará do imponderável prazer de encerrar em uma só o espírito de muitas.
(B, 172)

Nenhuma lei universal pode coartar a plena liberdade do espírito humano. Daí a
total independência e o livre-aribítrio do homem. (HSM, 13)

Para dizer ao mundo que na mente humana, só na mente humana, há de se achar a
grande chave que decifre todos os enigmas da existência. (MVC, 19)

O homem, para chegar a ser verdadeiramente dono de si mesmo, deve ter pleno
domínio sobre seus pensamentos; então também o terá sobre sua vontade. (ICL, 39)

O homem carente de saber não é nada nem ninguém. É apenas um zero no espaço e,
como tal, não acusa valor algum. A mais elevada prerrogativa do homem é, pois, o
saber, e deve ser também a aspiração máxima de seu espírito. (MVC, 40)

Quanto maior o conhecimento, maior o livre-arbítrio. (ICL, 49)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ser ou não ser na concepção logosófica Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)


É um propósito comum querer ser algo mais do que se é; mas a maioria anula a si mesmo porque, em vez de ser, aparenta ser. Se é, pois, um ser em aparência. Isto obriga, como é natural, a modificar de forma fictícia a conduta e a atuar artificialmente, mantendo, deste modo, uma situação que não é real. Apela-se assim a muitos recursos, estando a imaginação sempre em movimento; e quantas vezes se vive uma vida agitada, tratando que os demais não descubram que não se é o que se diz ser, isto é, o que se aparenta ser. Prefere-se isto a decidir-se de uma vez por todas a mudar efetivamente. Não obstante, a ninguém está vedado alcançar tudo quanto se propõe, sempre que sua capacidade o permita.

Deve-se, pois, cultivar essa capacidade para poder alcançar tal objetivo. Na medida das próprias forças, na medida da própria evolução, isso poderá ser um fato. Não conseguindo alcançá-lo, ao menos, se alcançará muito mais do que não fazendo nada.

Aqueles que,em geral, aparentam ser mais do que são, conformam-se em manter essa aparência, fazendo às vezes verdadeiros sacrifícios que, logicamente, depois se tornam estéreis.

Não é, acaso, mais razoável e digno viver na realidade e consultar-se intimamente, com limpeza mental, sobre qual é a verdadeira condição de ser?

Não é, acaso, mais razoável e digno viver na realidade?

Insensato, em vez disso, é mentir a si mesmo, insistindo na simulação. Quanto mais valor tem um exame consciente, que permita analisar se no curso da vida se tem feito, em verdade, algo para chegar a ser mais ou ser aquilo que se aspirou!

Mas se daqui passamos ao plano da verdadeira concepção do ser, o assunto muda um tanto. Não entram nele aqueles aspectos que poderiam ensombrecer o alcance de nossa proposição, como seria, por exemplo, se nos referíssemos a essa tendência muito comum que é a ambição.

Não, aqui nos referimos ao ser configurado em todos seus valores próprios, isto é, internos, representados na medida do que sabe e na medida de sua consciência desse saber. Só então o dilema apresentado desde os princípios do mundo aparece claro ante a vista, como um permanente convite para conquistar o verdadeiro ser, que deve incorporar, em quem está vivendo, uma vida destinada a algo muito maior do que estima o conceito comum. Quando isto ocorre, já começam os afãs sadios de superação.

Trechos extraídos do livro Introdução ao Conhecimento Logosófico, págs. 444 e 445

domingo, 26 de outubro de 2008

Sinta-se LIVRE! Qual o seu conceito de riqueza e sucesso?


Eis o sonho de 98 por cento da população brasileira. E mundial! Afinal, apenas 2 por cento dos adultos mais ricos do mundo detêm metade da riqueza mundial. A outra metade é divida entre os 98 por cento. A realidade é bem pior do que a estatística. Destes 98 por cento pobres, uns 10 por cento controlam 40 por cento da riqueza e os outros 88 por cento precisam dividir os 10 por cento que restam.
É muita estatística e muitos números para explicar porque as contas teimam em chegar todo o mês e você tem por obrigação se esforçar para pagá-las. Por que a riqueza consegue atingir apenas um número limitado de pessoas?

Depende.

Qual o seu conceito de riqueza? Qual o seu conceito de prosperidade? E opulência? E sucesso?

Quando o seu vizinho aparece com um carro do ano, com ar condicionado, direção hidráulida, MP3 e todos os luxos que o dinheiro pode comprar, qual é o seu sentimento? Inveja ou prazer pelo sucesso do outro? Qual o seu pensamento? "Ele só pode estar roubando!" Se você associa riqueza e sucesso a coisas ilícitas ou anti-éticas, provavelmente não poderá compartilhar dessa riqueza!

Se você associa dinheiro com sujeira - "O dinheiro não traz felicidade" - naturalmente, você está enviando uma mensagem para sua mente que para ser feliz você deve viver sem dinheiro. E provavelmente viverá.

Manter em sua mente que para ganhar dinheiro você precisa trabalhar duro é um outro erro. Eu creio que não consigo ocupar todos os dedos de uma mão contando aqueles que conseguiram enriquecer trabalhando duro. Mas se você acredita nesta hipótese, aconselho que procure urgentemente um emprego de servente de pedreiro. Eles trabalham muito duro e provavelmente em 140 anos, se não gastarem nada do que ganham durante esse tempo, serão milionários.

Outro engano muito grande é o fato de associarmos prosperidade e riqueza ao dinheiro. Podemos ser ricos morando num casebre de quarto e sala e também podemos ser pobres vestindo ternos de linho egípcio, bebendo whisky escocês 12 anos. Só depende de como você encara sua vida e como você cria suas oportunidades. Se você consegue sua fortuna enganando, você pode ser um pobre vestindo ternos de linho egípcio, e quando a sua máscara cair, você será um miserável.

"Em verdade vos digo, é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus".

"Com o suor do teu rosto ganhará o teu pão".

Existem milhões de pessoas que acham que as frases acima são verdadeiras, e as levam ao pé da letra. E vivem essas duas afirmações todos os dias da sua vida.

No mundo, existem três classes de pessoas. Os trabalhadores físicos, os físicos-mentais e os trabalhadores mentais. Qualquer pessoa se coloca numa dessas classes. Na primeira classificação, as pessoas ganham no máximo para seu sustento e sobrevivência. São os sobreviventes.

A prosperidade começa a manifestar-se na segunda classe. A partir deste ponto o homem começa, mesmo que inconscientemente a utilizar-se da lei do pedido e do suprimento, que hoje é chamada de Lei da Atração. São comerciantes, industriais, banqueiros, etc.

Na terceira classe encontramos indivíduos que conseguem atrair tudo o que desejam. Aqui encontramos escritores, pensadores, pesquisadores, investidores, etc.

Não é fácil para nós acreditarmos em algo que ultrapassa nossa compreensão. Fomos criados dentro de determinados condicionamentos mentais que nos impedem de utilizarmos as energias que temos ao nosso dispor para criarmos a vida que desejamos. Nossa mente é limitada. Nossa mente só pensa em esforço e compensação. Ela não acredita em compensação sem esforço.

Quando eu falo em compensação sem esforço, não estou dizendo que não devemos pensar no "como" acontecerá determinada coisa, mas que devemos estar atentos aos múltiplos "comos" que se apresentam à nossa volta. Devemos estar atentos às diversas oportunidades que podem surgir a partir do nosso pedido, e então colocar a roda para girar.

Nosso objetivo como seres humanos é a felicidade. Ora, que felicidade podemos ter se todo o mês estamos contanto uns caraminguados para pagar a conta da energia elétrica? Que felicidade podemos ter se, apesar de todos os esforços, não temos saúde financeira, saúde física e saúde emocional?

Precisamos compreender que não é o esforço que vai nos trazer essa felicidade. Talvez o esforço nos traga frustração, ao perceber que todo o esforço do mundo não é capaz de trazer a compensação proporcional.

Só conseguiremos produzir felicidade para nós, para o mundo que nos cerca, quando soubermos entender a como se dá o sustento, o suprimento, e que estes fatores não dependem de esforço físico, mas sim de trabalho mental. Quando aprendermos a manter nossa mente receptiva e atenta às oportunidades, quando soubermos colocar nossa mente em ressonância com a vibração da prosperidade, do sucesso, da riqueza e da opulência.

Quando pensamos em pobreza, em miséria, em doença, em falta, em carência, estamos apenas reverberando essas vibrações na nossa vida. O que plantamos é o que colhemos. Quando apostamos na dúvida estamos atirando no lixo nossa capacidade de ser felizes, nossa capacidade de fazer um mundo mais feliz e nossa capacidade de contribuir para tornar o universo que nos cerca mais próspero. Todos perdem.

"Nós somos o que fazemos!"

Você não acredita? Não importa! Experimente mesmo assim. Não custa nada. De qualquer forma o tempo vai passar você tentando ou não.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Você é proativo?


Frequentemente temos visto, inclusive no perfil desejado para o novo empregado, em anúncios de empregos, a palavra "Proativo". É uma palavra que está na moda por culpa dos escritores de auto-ajuda.

Você pode ser "proativo" ou "reativo". Ser reativo é mais fácil. A única coisa que você tem que fazer é esperar os acontecimentos e oportunidades e reagir a elas. Ser proativo é bem mais difícil. Você precisa simplesmente tomar as rédeas da sua vida. Significa que você deve ter um controle consciente sobre sua vida, estabelecendo metas e trabalhando para alcançá-las. Você cria seus próprios acontecimentos e oportunidades conscientemente. A maioria das pessoas é reativa.

Para ser proativo, você precisa de alguns pressupostos básicos:

1. Autoconsciência: significa que você tem possibilidade de escolha, e faz uso dela. 2. Consciência: possibilidade de consultar o seu mecanismo interno de direção, permitindo que você escolha o que é certo para você, baseado em seus valores. 3. Criatividade: aptidão para enxergar possibilidades alternativas e fazer uma avaliação entre elas. 4. Independência: você tem liberdade para escolher qualquer alternativa, sem necessidade de agradar aos outros, ou sem necessidade de fazer o que os outros esperam que você faça.

De certa forma, estamos o tempo todo reagindo a eventos que acontecem em nossa vida. A diferença entre ser proativo ou reativo é o processo mental que ocorre entre o evento e a resposta a ele. Uma resposta proativa significa que estaremos usando os quatro pressupostos acima para realizar uma escolha ou não realizar nenhuma escolha.

As pessoas reativas são aquelas que andam de acordo com a correnteza. Se seus amigos, vão comer pizza todas as quintas-feiras, provavelmente elas os acompanhará. Elas andam de acordo com o fluxo e de acordo com as circunstâncias, mas não conseguem dirigir conscientemente o fluxo. Esperam por uma grande oportunidade que as faça mudar de vida, enriquecer, conseguir um emprego ou situação melhor.

As pessoas proativas estão sempre atentas às suas escolhas e aos seus valores e tomam suas decisões baseadas nesses valores. Frequentemente nadam contra a correnteza, criando seu próprio caminho, apesar das dificuldades. Mesmo quando as coisas forem simples, tomarão decisões conscientes, pois sabem que qualquer escolha que façam hoje influenciará o modo como viverão amanhã.    Como os reativos pensam:

- Qual é o caminho? - Não tenho tempo. - Quanto dinheiro posso ganhar se fizer isso? - Farei isto e vejamos o que acontece. - Estou cansado. - Nunca fui bom em matemática. - Qual é o significado da vida?    E os proativos:

- Onde eu irei, e como chegarei lá? - Como ter mais tempo? - Quanto dinheiro eu quero, e o que farei para ganhá-lo? - Farei isto. - O que posso fazer para aumentar minha energia? - Eu não posso falhar. - Qual é o significado que eu desejo para minha vida?    Seguir o impulso dos outros é uma preocupação dos reativos. Querem trabalhar em um bom emprego, estável. Se iniciar um novo negócio será algo que já foi feito por alguém e ele sabe que já está dando certo. Desejam saber que tipo de produtos vendem bem e querem fazer alguma coisa semelhante. Se falharem, é porque o mercado não vai bem, ou por algum fator de sorte.  

Se você é daqueles que pensam que os eventos externos determinarão sua prosperidade, apesar do seu esforço, então você é reativo. Se você pensa que eventos externos só podem afetar o tempo que levará para alcançar seu objetivo, então você é proativo.     As pessoas frequentemente são uma mistura de proativos e reativos. Você pode pensar que é proativo em determinadas áreas, mas reativo em outras. Se é assim, dedique mais tempo aprendendo a ter autoconsciência, consciência, criatividade e independência, para levar proatividade nas áreas da sua vida onde ela é necessária. Se você não gosta de como as coisas estão indo, então mude. Não espere a oportunidade chegar, crie-a agora mesmo. Não espere o amanhã, para ver se as coisas melhoram, mude hoje mesmo. Se você quer uma vida maravilhosa, terá que nadar contra a correnteza.

Reflexão:

Saber não é o suficiente; deve-se aplicar. Querer não é o suficiente; deve-se fazer

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A Arte de Sonhar


Qual mistério envolve a atividade artística quando o ser humano decide elevar-se sobre a mediocridade plana da vida rotineira para alçar-se em vôos cujas obras eternizam-se no plano físico transcendendo seus curtos anos de vida na Terra?

Por que arte e cultura são tão celebradas?

As crianças trazem consigo uma vocação natural para a arte que se vai apagando à medida que crescem e vão sendo influenciadas e sufocadas por este mundo cheio de idéias praticas permeadas pelas ânsias da produção, do trabalho, do lucro e da exploração.

Com o tempo, o pequeno artista transforma-se num homem amargo, previsível e frustrado, numa jornada tão bem ilustrada pelo mito de Sisífo, resumida num trabalho rotineiro, inútil e sem esperança.

Mas o espírito imanência de Deus no homem vinga-se da alma adulta nas noites eternas transformando o seu sono em espetáculos inesperados onde o pequeno artista renasce como autor e como ator, cumprindo o seu destino naquele palco metafísico chamado sonho.

A criança eterna de Caieiro está ali a apontar a direção de um grande destino do qual aquele ser infeliz se desviou: ser um criador de si mesmo, escultor da própria imagem, pintor do próprio destino e escritor de sua história.

A matéria inextricável e confusa de pensamentos desconexos que durante o dia se atropelavam naquela mente desorganizada, à noite integram-se em personagens assustadores que se enredam em pesadelos terríveis ou compõem idílicas e eufônicas passagens que perduram na recordação como reminiscências inefáveis.

Durante o sonho, a criança vem cobrar o seu destino e reafirmar que existe e que gostaria de estar presente na vigília, este outro sonho misterioso e inescrutável.

Diz-nos Borges em A Rosa Profunda (O Sonho, 93) que dessa região imersa resgato restos que não consigo compreender: ervas de singela botânica, animais um pouco diferentes, diálogos com os mortos, rostos que na verdade são máscaras, palavras de linguagem muito antigas e às vezes um horror incomparável ao que nos pode conceder o dia.

Quantas vezes assustados emergimos de um pesadelo sufocante e nos dizemos aliviados: Era apenas um sonho! E quantas outras, em meio à vigília exasperante, perguntamo-nos se o que está nos acontecendo não seria um pesadelo.

O pensador e humanista Gozález Pecotche escreveu no livro O Espírito: Sobre os sonhos já se fizeram inúmeras preposições. Muitos pretenderam decifrá-los, dar-lhes um significado particular, muitos também teceram em torno deles fantásticas conjeturas, mas ninguém jamais expressou que é o espírito quem os provoca, em seu constante esforço por se fazer presente em nossa vida diária.

A arte faz parte da vida do ser humano e é tão antiga quanto a civilização. A pictografia ancestral, como o pendor infantil para a comunicação através da arte, é a prova cabal de que o homem é diferente dos animais. O homem primitivo, além de caçar, comer, dormir e se reproduzir tinha a necessidade de se comunicar através da arte. Pode-se dizer que a comunicação é uma necessidade humana e que arte é algo mais que mero conjunto de regras ou habilidades para se fazer algo.

É interessante observar como pintar, esculpir ou produzir um texto literário é um processo lento. O artista não pode ser impaciente e nem preguiçoso. Deus é paciência, diz a personagem de Guimarães Rosa em Grande Sertão Veredas.

Quando vemos um quadro e os esboços feitos previamente pelo artista constatamos, muitas vezes, que a obra final pouco tem a ver com o esboço inicial; que no exercício da criação houve uma alteração dos rumos iniciais.

A arte tem a ver com habilidades mentais e sensíveis que podem ser usadas para o bem ou para o mal, como os conhecimentos. Uma reflexão mais profunda sobre a beleza e a verdade nos levam à conclusão que ambas devam caminhar juntas no processo de criação, que não podem ser excludentes.

Uma forma de arte revolucionária e pouco conhecida é a que vem sendo estudada e aplicada em centros avançados de estudos espalhados pelo mundo verdadeiras escolas de adiantamento mental e que consiste na criação do próprio artista, certamente a mais difícil de todas as artes: a arte de criar a si mesmo. É uma arte na qual o artista, o ser humano, cria a si mesmo deixando de ser o que é para chegar a ser algo melhor, maior, aperfeiçoado.

É uma arte difícil por tratar-se de uma recriação pessoal. É uma obra para toda a vida onde o artista é instruído no sentido de reconhecer em si todos os seus defeitos e imperfeições e, inspirado no propósito de evoluir, poderá esculpir um novo ser humano tornando-se artífice de si mesmo.

O cultivo dessa arte exige esforço, constância e observação. O artista deverá ser instruído, educado; e uma das primeiras lições consiste no aprendizado do querer ser melhor, aprender e evoluir.

Inspirado na obra maior que é a própria Criação, o ser humano poderá transformar-se no autor e ator de seus próprios dias, dono de seu destino e artífice do futuro, dando um salto mortal por sobre tudo o que tem estreitado sua visão e endurecido o seu coração.

Esta é uma arte com a qual podemos sonhar e realizar.

Reflexão:

Em matéria de amor, importante que as primeiras impressões venham das belezas morais; as produzidas pela beleza física dissipam-se muito depressa

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O segredo é se divertir.


"O mundo se divide entre dois tipos de pessoas: as que gostam do que fazem e aqueles que passam o tempo todo pensando no que poderiam estar fazendo se não tivessem que trabalhar.

Trabalho é apenas o que paga suas contas? Ou o que faz tudo valer a pena? O que é trabalho para você?"

Você já reparou que todas as pessoas bem sucedidas possuem algo em particular? Essas pessoas levam sua vida brincando! Observe os artistas de cinema, televisão e teatro, cantores, grandes líderes e pessoas proeminentes na sociedade. O que eles têm em comum? Eles estão o tempo todo se divertindo! Existem excessões? Talvez.

São pessoas que descobriram o seu propósito de vida, que estão intimamente alinhadas consigo mesmas e não são comandadas ou dirigidas por ninguém, apenas por elas mesmas.

Quando conseguimos adquirir a liberdade de não precisar se importar com o que o vizinho vai pensar, ou de perguntar ao guru qual é o próximo passo, ou quando o sermão do padre já não nos diz respeito e quando estamos fazendo aquilo para o qual fomos criados, podemos começar a nos divertir.

"Ah, mas que diversão eu posso encontrar em ir ao escritório todos os dias, passar o dia lá olhando papéis que passam e repassam pelas minhas mãos?" Lamento, meu amigo, se você ainda não conseguiu encontrar nenhuma diversão no seu trabalho, está na hora de trocar de profissão, pois, definitivamente, você não está fazendo o que gosta, você não está fazendo aquilo para o qual foi criado.

Só quando conseguimos despertar nosso propósito de vida, ou nosso Darma, como diz o budismo, conseguiremos encontrar a diversão todos os dias. Os obstáculos, no entanto, vão continuar a acontecer, mas você vai olhar para eles de uma forma diferente, como parte de um jogo ou das regras de uma brincadeira que você deve ultrapassar, para que a diversão continue.

É só quando estivermos conscientes do nosso propósito que estaremos vivendo a nossa própria vida, com liberdade. Quando não temos um propósito, ele nos será dado por outra pessoa, não importa quem. Pode ser seu chefe, seu pai, sua mãe, seu guru, o padre da sua paróquia ou até mesmo o publicitário da televisão. Você pode até ter uma certa sensação de liberdade, mas não tem a principal, que é a liberdade de responder a pergunta: "qual é o significado da minha vida?"

Sempre que você deixa outra pessoa responder isso para você, você é um fantoche. Você está vivendo uma história contada pelos outros.

Quando você conhece o seu propósito e o vive conscientemente todos os dias, você é livre. Não importa se você tem seu próprio negócio ou se é um empregado, você será sempre livre para conduzir sua vida e mesmo que alguns tenham autoridade sobre você, em determinadas situações, você se concentra naquilo que pode controlar e não lamenta sobre as coisas que não pode. Assim, você expande sua consciência até tornar-se um líder, não importa qual seja sua posição. Essa liderança vem de conhecer o seu propósito. Mesmo que as circunstâncias externas mudem, sua posição interna é constante. Você pode até estar vivendo um período de caos, mas consegue manter a direção da sua vida.

Não importa o que esteja fazendo agora, se é o chefe, se é o dono da sua empresa, se é apenas um empregado. Se você tem um propósito para sua vida, você é o líder, se não tem, você é apenas propriedade de alguém, ou um condomínio.

Conhecendo seu propósito, você possui a liberdade de escolher o trabalho que se alinha diretamente com ele. As influências externas, mesmo que façam muito barulho, não conseguem lhe dominar.

A parte difícil de todo esse processo é nos acostumar a ouvir a voz da própria consciência. Estamos tão acostumados a ouvir a voz dos nossos donos, que passam o dia nos dizendo o que fazer, o que gostar, o que comprar, com o que sonhar, que pensamos que a vontade deles é nossa própria vontade. É muito difícil confiar na nossa voz interna, pois já confiamos na voz dos nossos donos, e eles parecem tão certos! Mas, quando conseguirmos ouvir a seguir nossa voz interna, não importa mais o que nossos antigos donos digam ou pensem, viveremos conscientemente e com liberdade. A brincadeira acaba de começar.


Reflexão:

Se você julga as pessoas, não tem tempo de amá-las

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Coloque seu cérebro em ação!


Há algum tempo atrás, os especialistas acreditavem que o cérebro humano começava a degenerar por volta dos 20 anos de idade. Hoje, já sabemos que isso não é verdade, ou, não na sua totalidade.

Os neurônios, ao longo da nossa vida, vão perdendo conexões e isso causa a degeneração. Com o avanço da idade, vamos perdendo memória, qualidade de raciocínio, por conta dessa debilidade dos neurônios. Vamos perdendo funções cerebrais e isso é um problema inevitável do envelhecer.

No entanto, aqueles neurônios do nosso cérebro que vão degenerando e perdendo suas funções podem ser substituídos por outros, novinhos em folha, que estavam lá, só esperando o chamado. Os neurônios, como todos sabem, são células que não se regeneram. No momento em que envelhecem, morrem e não servem mais para nada. Porém, só usamos 10% da capacidade do nosso cérebro. Os outros 90% estão lá para substituir aqueles que perderam a capacidade de se conectar a fazer as ligações cerebrais que nos fazem pensar, remexer na memória, raciocinar, andar, falar, olhar, sentir, etc.

Na verdade, o cérebro é como um músculo. Quando você faz musculação, o músculo ganha em flexibilidade, agilidade e tônus. Se você não usa, ele atrofia. Experimente ficar um ano com um braço completamente imobilizado! Com o cérebro é a mesma coisa. Quanto mais você usa, mais ele desenvolve novas ligações. Neurônios que perdem sua função são substituídos imediatamente por aqueles que estavam em estado de hibernação. Mas isso só acontece quando há movimento. Se você não usa o seu cérebro, ele vai degenerar continuamente.

Existem muitas coisas que podemos fazer para "malhar" o nosso cérebro. Exercício físico, por exemplo. "Ah, mas exercício físico são para os músculos…" você vai dizer. Sim, são para os músculos, são para promover o bem estar geral do corpo e mantê-lo saudável. Mas, "corpo são, mente sã". Exercícios físicos impulsionam e fortalecem as conexões entre as células, entre elas, os neurônios. Também ajudam a estimular as áreas cerebrais associadas com a memória e aprendizagem. Ajudam, também, a previnir o Mal de Alzheimer. A atividade física reduz o risco do declínio cognitivo e da demência na velhice.

O nosso cérebro é uma máquina de aprender. Mesmo que já estejamos formados, que sejamos especialistas nas nossas áreas de atuação, aquele que diz que "não precisa aprender mais nada", está a um passo da morte. Pelo menos da morte cerebral. As pessoas que se ocupam de aprender cada vez mais, de aprofundar e aumentar o seu círculo de interesses têm uma interessante proteção contra a demência. O baixo nível de educação formal é um dos fatores de risco para o declínio da atividade cerebral na velhice. Quando nos mantemos aprendendo e desafiando, o cérebro continua crescendo, ativando ligações antes inexistentes. Isso fará com que a sua memória funcione melhor, não importa a idade.

Existem diversas formas de você "malhar o cérebro", através do desafio do aprendizado. Você pode aprender a tocar um instrumento musical, mudar de profissão, iniciar um novo hobby, como pintar, andar de bicicleta, aprender um novo idioma, aprender uma nova receita culinária, etc. etc. etc.

Estimule sua mente. Uma mente estimulada, que aceita desafios, uma mente excitada, diminui em até 75% o risco do Mal de Alzheimer. Viaje, visite museus, leia, brinque, faça palavras cruzadas, jogue xadrez, damas, bingo, dance, abandone algumas vezes a calculadora e faça seus cálculos usando o seu cérebro, escreva um livro.

O sono é outro aspecto importantíssimo no desenvolvimento cerebral. Sem sono suficiente, seus neurônios não terão tempo de consertar o que foi danificado durante o dia e o seu próximo dia será péssimo. O sono é responsável, entre outras coisas, em processar o conhecimento adquirido durante o dia e formar sua memória de longo prazo. E não é só isso. Além de ajudar a formar uma boa memória do que já ocorreu, ele prepara o cérebro para a formação da memória no dia seguinte. Até mesmo um cochilo após o almoço pode ajudar a sua memória.

Faça amigos, converse, troque idéias, jogue conversa fora. "Nem só de pão vive o homem". Dedique algum tempo da sua vida para uma atividade social, para ir a festas, para interagir com as pessoas, vá à igreja, ligue para um amigo. Pessoas que participam de grupos sociais têm menos riscos de sofrer declínio cerebral do que aqueles que se isolam do mundo.

O cérebro utiliza 20% de todo o sangue e oxigênio de todo o nosso corpo. A tensão causada pelo stress pode prejudicar as conexões celulares do cérebro, prejudicando a memória e causando dificuldades no aprendizado. Mesmo que a tensão seja uma coisa inevitável em nossa vida, o segredo é como administramos os problemas que nos cercam. Devemos ver os problemas como oportunidades, manter-nos longe do barulho, fazer exercícios físicos, aprender alguma atividade meditativa, ioga (por exemplo), eliminar responsabilidades desnecessárias, ocupar-se de algum passatempo, fazer uma massagem, etc.     "Rir é o melhor remédio". Há décadas ouvimos essa expressão. A diversão diminui a sua tensão. O humor melhora também a memória. Não leve a vida tão a sério, não se leve tão a sério. Deixe espaço no seu rosto para o sorriso, deixe espaço na sua mente para o bum-humor, para rir das coisas, para rir de si mesmo.       Melhore sua alimentação. Faça uma boa refeição pela manhã, o que vai aumentar o seu desempenho cerebral, vai diminuir a incidência de depressão. Use a abuse do Ômega-3, que compõe boa parte da massa cinzenta e é fundamental para a atividade dos neurônios. Abuse também dos vegetais. Eles ajudam a manter o cérebro jovem e reduz a velocidade do declínio mental. Vegetais como couve-flor, espinafre, couve, brócolis e repolho podem ser os melhores. Eles contém a vitamina E necessária para diminuir a velocidade com que o cérebro envelhece.    O álcool, quando usado com moderação pode ser bom para o cérebro. Bebidas como licor, vinho e cerveja podem diminuir o risco de demência. Os fenóis do vinho tinto, por exemplo, ajudam a proteger as células do cérebro e possuem efeito anti-oxidante. Mas cuidado. Mais de 3 taças por dia já são consideradas bebedeira. Em tempos de lei seca, devo lembrar: "se beber não dirija - se vai dirigir, não beba".

O importante, nisso tudo, é manter seu cérebro sempre em funcionamento e sempre desafiado.


Reflexão:


Algo só é impossível até que alguém duvide e prove o contrário. A maioria de nós prefere olhar para fora, e não para dentro de si mesmo


(Albert Einstein)


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A solidão e o caminho para o sentido da vida


Estar só é frequentemente confundido com a solidão. Estar só é apenas o reconhecimento de você é único, enquanto solidão é o sentimento que você não pertence.

Muitas pessoas farão qualquer coisa para evitar sentir-se só. Elas deixarão de lado seus conceitos de certo e errado e sua integridade, consciência e intelecto pessoais para fazer parte de um grupo, para evitarem a rejeição. As pessoas temem estar só.

Estar só é a idéia de que não importa quem amamos ou por quem somos amados, não importa como estamos envolvidos e conectados com a vida, existe uma parte de nós que totalmente separada dos outros. É neste estar só que nossa individualidade cresce. As pessoas que têm medo de estar só consigo mesmas.

Estar só consigo mesmo é uma arte que deveria ser aprendida.

Estar só com você mesmo poderá te levar a uma compreensão profunda sobre si e sua vida. Irá gerar a energia que você necessita para transmitir ao mundo. Permitirá que você se sinta um com o mundo que o cerca. Permitirá, também, que você se sinta único.

No entanto, se nos agarrarmos à solidão como se fôssemos especiais, estamos comentendo um terrível engano. Aqueles que se agarram à solidão pensam que são especiais. Ou pensam que são muito bons e superiores ao que os cerca, ou se vêem como algo terrivelmente mau e são inferiores. Em qualquer opção pensam que são especiais. Pessoas que pensam que são especiais geralmente são pomposas, ávaras e não são nenhum pouco divertidas.

Na verdade, não somos especiais. Somos únicos. Entre ser especial e ser único há uma grande diferença.

Pessoas únicas respeitam a individualidade dos outros. As pessoas especiais pensam que todos são iguais, menos elas. Pessoas únicas são fascinadas pela vida. Pessoas especiais se fascinam apenas por pessoas que creem que sejam especiais como elas. Pessoas únicas podem estar só, mas plenamente envolvidas com o que ocorre ao seu redor. Pessoas especiais frequentemente estão sós, normalmente chateadas.

Estar envolvido com o mundo que o cerca é a chave para superar a solidão. As pessoas sós imaginam que não pertencem a nada. Por uma razão ou outra elas imaginam que são muito especiais para pertencer a alguma coisa. As pessoas sós estão sempre absorvidas ao que está acontecendo dentro de si mesmas, estão presas dentro de sua própria cabeça, olhando para seu próprio umbigo, preocupadas com seu próprio drama. Para escapar desta armadilha, elas precisam abandonar esse auto-martírio da absorção no próprio ego, para reconhecer a sua própria singularidade e a singularidade de todo o mundo que a cerca.