domingo, 26 de junho de 2011

As coisas são impermanentes... Você entende isso?


Diz o dicionário: Que não é permanente; que é instável; inconstante. A "VIDA" é assim quer você queira ou não!
Se você sofre, não é porque as coisas são impermanentes. É porque você crê que as coisas são permanentes. Quando uma flor morre, não sofremos muito, porque entendemos que as flores são impermanentes. Mas você não pode aceitar a impermanência de uma pessoa amada, e sofre profundamente quando ela morre. Se você olhar a impermanência em profundidade, fará o melhor que puder para fazer essa pessoa feliz agora. Consciente da impermanência, você se torna positivo, amoroso e sábio. Impermanência é boa notícia. Sem impermanência nada seria possível. Com impermanência toda porta é aberta para a mudança. Em lugar de lastimar, deveríamos dizer: Longa vida para a impermanência. Impermanência é um instrumento para nossa liberação.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Consciência do despertar



A primeira verdade desafia nossa relação habitual com o sofrimento. Em seu sentido mais amplo, desafia o modo como nos relacionamos com a própria existência: como nascemos, adoecemos, envelhecemos e morremos. Até que ponto fracassamos ao compreender essas realidades e suas implicações? Quanto tempo perdemos em distrações ou adormecidos? Quando uma preocupação se apodera de nós, por exemplo, o que fazemos? Podemos lutar para nos livrar dela. Ou tentamos nos convencer de que as coisas não são o que parecem, e diante disso procuramos outra coisa com que nos preocupar. Com que freqüência nos abrimos para tal preocupação, aceitamos nossa situação e tentamos compreendê-la?

O sofrimento somente mantém seu poder à medida que permitimos que ele nos intimide. [...]

Compreender uma preocupação é conhecê-la com calma e clareza, vendo-a como aquilo que é: algo passageiro, contingente, desprovido de uma identidade intrínseca. Por outro lado, compreendê-la mal é congelá-la como algo fixo, separado e independente. Se nos preocupamos pensando se um amigo ainda gosta de nós, por exemplo, isso se torna uma coisas isolada, e não parte de um processo que emerge de um fluxo de contingências. Essa percepção, por sua vez, induz a um estado de ânimo em que nos sentimos psicologicamente bloqueados, confusos, obcecados. Quanto mais tempo esse estado nada digno persiste, mais nos tornamos incapazes de agir. O desafio que a primeira verdade coloca é agir antes que reações habituais nos tornem incapazes.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A essência do Budismo...



Se você quer milagres, não procure o Budismo. O supremo milagre para o Budismo é você lavar seu prato depois de comer.

Se você quer curar seu corpo físico, não procure o Budismo. O Budismo só cura os males de sua mente: ignorância, cólera e desejos desenfreados.

Se você quiser arranjar emprego ou melhorar sua situação financeira, não procure o Budismo. Você se decepcionará, pois ele vai lhe falar sobre desapego em relação aos bens materiais. Não confunda, porém, desapego com renúncia.

Se você quer poderes sobrenaturais, não procure o Budismo. Para o Budismo, o maior poder sobrenatural é o triunfo sobre o egoísmo.

Se você quer triunfar sobre seus inimigos, não procure o Budismo. Para o Budismo, o único triunfo que conta é o do homem sobre si mesmo.

Se você quer a vida eterna em um paraíso de delícias, não procure o Budismo, pois ele matará seu ego aqui e agora.

Se você quer massagear seu ego com poder, fama, elogios e outras vantagens, não procure o Budismo. A casa de Buda não é a casa da inflação dos egos.

Se você quer a proteção divina, não procure o Budismo. Ele lhe ensinará que você só pode contar consigo mesmo.

Se você quer um caminho para Deus, não procure o Budismo. Ele o lançará no vazio.

Se você quer alguém que perdoe suas falhas, deixando-o livre para errar de novo, não procure o Budismo, pois ele lhe ensinará a implacável Lei de Causa e Efeito e a necessidade de uma autocrítica consciente e profunda.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Reverência á toda existência...


Tocando a terra, abandono a idéia de que sou esse corpo e de que meu tempo de vida é limitado. Compreendo que este corpo, constituído de quatro elementos, de fato não me representa e nem me limita. Faço parte de uma corrente de vida de ancestrais espirituais e antepassados de sangue que, por milhares de anos, vem fluindo no presente e assim continuará por milhares de anos no futuro. Sou um só com meus ancestrais, com todos os povos e todas as espécies, sejam pacíficos e destemidos, sejam sofredores e amedrontados. Neste exato momento, estou em toda parte deste planeta. Estou presente também no passado e no futuro. A desintegração deste corpo não me altera, do mesmo modo que, quando as flores da ameixeira caem, isso não significa o fim dessa árvore. Vejo-me como uma onda na superfície do oceano, minha natureza é a água do oceano. Estou em todas as outras ondas, e todas as outras ondas estão em mim. O aparecimento e desaparecimento da forma da onda não afetam o oceano. Meu corpo do dharma e a sabedoria da vida não estão sujeitos ao nascimento e à morte. Vejo-me presente antes mesmo da manifestação do meu corpo físico e depois da sua desintegração. Mesmo nesse momento, vejo como também existo em outro lugar que não é este corpo. Setenta ou oitenta anos não é o meu tempo de vida. Meu período de vida, como o de uma folha ou de um Buda, não tem limite. Eu já ultrapassei a idéia de que sou um corpo separado no espaço e no tempo das demais formas de vida.

sábado, 11 de junho de 2011

Vida interna inteira.


Sou um só com todos os seres que hoje estão vivos – aqueles seres que compreenderam a verdade do não-nascimento e da não-morte e que são capazes de olhar para as formas de nascimento, morte, alegria e sofrimento com olhos serenos; aqueles que têm paz interior, amor e compreensão e podem tocar aquilo que está curando, nutrindo e renovando, além de possuírem a capacidade de abraçar o mundo e agir com amor e dedicação; e também aqueles que estão sofrendo por angústia e dores físicas e mentais. Sou alguém que possui paz, alegria e liberdade suficientes para oferecer aos seres vivos alegria e coragem. Vejo que não estou isolado. O amor e a felicidade dos grandes seres deste planeta não me deixam afundar no desespero e me ajudam a viver de maneira significativa, com paz e felicidade verdadeiras. Sinto que todos estão em mim e que eu estou em todos eles. A reverência a vida é representada por uma linha horizontal, o aqui e o agora. Quando tocamos a terra nessa posição, tocamos todos os seres vivos que estão conosco neste exato momento. Sabemos que somos parte da vida, essa vida interna e inteira.

domingo, 5 de junho de 2011

O presente é um presente! Você percebe isso?

Temos de desenvolver a habilidade de conhecer a situação; em outras palavras, temos de desenvolver uma consciência panorâmica, uma percepção que penetra em tudo, conhecer a situação naquele exato momento. É uma questão de conhecer a situação e de abrir nossos olhos ao momento presente, e isso não é particularmente uma experiência mística ou qualquer coisa misteriosa, e sim apenas uma percepção direta, aberta e clara do que existe agora. Quando uma pessoa é capaz de ver o que existe agora sem deixar-se influenciar pelo passado ou por qualquer expectativa em relação ao futuro, vendo apenas o próprio momento do agora, nesse momento então não há mais barreiras, pois uma barreira só poderia surgir de associações com o passado, ou de expectativas com relação ao futuro. Desse modo, o momento presente não tem nenhuma barreira; então a pessoa descobre que dentro dela existe uma grande energia, uma tremenda força para pôr em prática a paciência. Mas também movida por ação no momento certo. E quando é o momento certo? Hoje! Agora! Presente!