Podemos ocupar-nos do bem-estar dos outros, porque descobrimos que nosso bem-estar se torna acrescido de bem-estar, e isto não é forçosamente uma coisa má. Abrir-se aos outros é uma maneira de alargar seu coração, sua inteligência também, é talvez a melhor maneira de ir “além do ego”; no caminho do bodhisattva, há uma justificativa completamente interessada que é a nossa própria libertação. Tornar-se livre e feliz, amando!
A compaixão, esta qualidade de ser e de amor nunca é centrada no “eu”. Não é o eu que ama, porque justamente o eu não sabe amar; com todos os defeitos que ele acumula em sua vida, o “eu” somente procura preservar-se, ele só pede para ser amado, sem cessar e sempre mais, e isto nunca é o “bastante”.
Trata-se de despertar para uma qualidade de ser, de consciência e de amor que é a nossa natureza essencial; trata-se de deixá-la vir primeiro em nós, depois, deixar crescer esta capacidade de dom, esta qualidade de despertar, a fim de que todos os nossos atos estejam impregnados dela.
0 comentários:
Postar um comentário