Afirma a Logosofia:
«O investigador mede a trajetória dos astros e desconhece a de sua própria vida; segue as modificações do átomo e descuida as de seu pensamento; estuda e analisa tudo, menos o que diz respeito ao próprio conhecimento da mente, que é a que lhe permite discernir e pensar, enquanto se capacita para conhecer a origem e evolução de seu próprio pensamento; lê e comenta mil biografias e treme pensando como terminará a sua; descreve maravilhas sobre a organização das formigas e das abelhas, e quando é instado à organização de seus valores pessoais, vacila ante cem conselhos antagônicos.» ( livro Biognose - p. 73).
Quantos dizem: eu sou assim, eu nasci assim, eu fui criado assim, Deus me fez assim.
Alguém mais sensato lhe diz: Quem lhe garante que Deus o fez assim?
Quantos se arrependem das palavras e atitudes pronunciadas!
Quantos se assustam ao reagirem violentamente, em determinadas circunstâncias imprevisíveis.
Quantos descobrem forças com as quais jamais podiam contar, ao se depararem com dificuldades e sofrimentos, insuportáveis!
Eu me conheço? Quem sou eu? Indaga outro.
Quem não se assustou ao ver surgir de dentro de si um ímpeto que chega às raias da violência, ao ser incomodado ou agredido?
Quantos permitem que terceiros participem de sua intimidade, revelando fatos de sua vida que concernem somente a ele e se vêem defraudados e tendo sua vida íntima vasculhada e alvo de comentários muitos deles depreciativos!
Sabemos todos que temos uma vida que é só nossa, inviolável e que depende somente de mim que outro tenha conhecimento e participe dela.
Quantas coisas vivemos e não somos capazes de transmitir ou dar a conhecer aos demais?
Quantas coisas vivemos ou ocorrem conosco e que somente nós e Deus temos conhecimento delas!
Há um mundo interior, onde vivem entes mentais que entram e saem desse recinto mental e são os responsáveis por minha conduta e atitudes.
SER CONHECIDO PELO NOME DOS PENSAMENTOS
Conheço esses pensamentos que são donos de minha mente? Quantos seres são conhecidos pelos pensamentos que dominam a sua vida? Os pessimistas, os desonestos, os impacientes, os teimosos, os temerosos, os hipócritas, os débeis, os inconstantes, os responsáveis, os simpáticos, os sensatos, os atenciosos, os pacientes, os verdadeiros, e tantos outros, dominados pelos vícios, que são conhecidos como os bêbados, avarentos, jogadores.
A CAUSA PRIMEIRA É A MENTE
A Logosofia nos descobre um novo mundo, o mundo das causas ao revelar que a CAUSA PRIMEIRA É A MENTE e não como se acreditou, O VERBO.
E sendo a mente humana um fragmento da mente universal, cada um de nós tem o poder de criar. O verbo é a conseqüência, o efeito e não a causa. Na mente, nesse novo mundo que a Logosofia nos descobre, encontramos a causa do que nos acontece e ali divisamos as soluções e podemos entender que o erro tem origem na mente e a forma de evitá-lo é corrigi-lo ali antes de se concretizar em atos e atitudes. Um arquiteto concebe o prédio em sua mente, primeiro, e o concretiza no papel e depois no concreto. Assim fica aqui desfeito o equívoco milenar de que a causa primeira foi o VERBO, não, antes do VERBO está a MENTE que, de fato, é a causa primeira. Tudo tem origem na mente. Na minha mente.
Eis o novo mundo que a Logosofia me faz descobrir através da realização de um processo de evolução consciente.
FORJAR A MINHA FELICIDADE
Esse mundo mental que é só meu. Que devo conhecê-lo e utilizá-lo para forjar a minha felicidade.
O ser humano, para a Logosofia, é composto por três sistemas: o mental, o sensível e o instintivo.
A MENTE ELEVADA À CATEGORIA DE SISTEMA
A mente humana é tão importante que a Logosofia a elevou à categoria de Sistema, o Sistema Mental.
E dentro dessa mente, desse espaço, vivem os pensamentos, agentes causais do comportamento. Eu sou o que os pensamentos querem que eu seja. Mudando os pensamentos, portanto, mudo a minha vida, através de um esforço e um processo de superação, pois na natureza nada dá saltos, tudo é realizado mediante um processo.
Alguém poderia perguntar: Como ser dono de minha vida? Deveria dominar os meus pensamentos? Sujeitá-los a minha vontade? Ou ser joguete deles?
Como realizar esse domínio? Como não agir impulsivamente e dominar esses pensamentos? Que diferença há entre ser dono e dominar a mente?
RELATOS
Ilustrando, certa vez um pai chegava em casa e sua filhinha foi ao seu encontro com as mãozinhas para traz, gritando: - surpresa, surpresa.
O pai abaixou e a filha, inocentemente, lhe entregou uma rosa vermelha, linda. – É para você! - Eu a apanhei para você, dizendo toda feliz.
O pai, em fração de segundos, passou por sua mente o pensamento: - olha, ela arrancou aquela rosa que florescia no jardim. Isso é um absurdo.
Entretanto, percebeu, também, em uma fração de segundos, que havia por traz daquele gesto um sentimento nobre da filha e, felizmente, não maculou aquele momento de afeto que vivia com sua filhinha, pois conteve, dominou a tempo aquele pensamento e deixou que manifestasse o sentimento da criança, em toda sua plenitude.
Em outro momento, ia eu atravessando apressadamente uma rua movimentada do centro da cidade e vi lá na frente a mãe com uma menina, muito amigas. Eu como estava apressado fingi que não a tinha visto e fui para o outro lado, quando, para minha surpresa, estava no meio da rua, ouvi um grito alegre da menina me chamando pelo nome, foi aí que me dei conta do pensamento feio que me dominara e pude vencê-lo, indo ao encontro daquelas amigas. Nunca mais deixei que isso acontecesse. Toda vez em que vivo algo semelhante não deixo que esse pensamento se manifeste. Isso é algo que se vive internamente e ninguém vê, somente eu é que presencio essas coisas que se passam dentro de mim.
Há muitas outras vivências em que surpreendemos dentro de nós pensamentos nobres ou feios que querem se manifestar, comprometendo a nossa conduta, ou sentimentos nobres e elevados que às vezes não conseguimos expressar por timidez ou porque os consideramos, equivocadamente, bobos e sem importância, como um gesto de carinho ou um agrado ou palavra de reconhecimento ao ser querido, como, por exemplo:
- vou enviar uma flores para a minha mulher eu a quero tanto! Esse sentimento aparece e vem imediatamente um pensamento e diz: que bobagem, o que ela vai pensar de você. Vocês têm tanto tempo de casados, que tolice a sua, velho e está parecendo um adolescente apaixonado. E assim, se atendo a esse pensamento contrário ao meu sentir, deixo de expressar ao ser querido aquilo que poderia alimentar o amor que sinto por ela. Que mal isso faz ao nosso relacionamento...!
Ora, alguém poderia exclamar: - isso não passa de auto-ajuda, deixar de ser impaciente e passar a ser paciente, trocar de pensamento negativo por um pensamento positivo, de uma hora para outra.
Eu diria que não. O estudo logosófico faz parte de um plano maior, transcendente, de humanizar o homem, torná-lo mais humano e dar participação ao espírito em nossa vida diária. Viver aqui nesta terra uma vida elevada, nobre, espiritual, superando a mesquinhez e vivendo uma existência superior, digna de um ser filho da Criação
CONDUZIR A VIDA
Em mim está a condução de meu destino. Devo conduzir a minha vida e não me deixar perder em minhas terras como o dono do relato, que desconhecia os seus domínios.
Que diferença faz para a nossa vida, conduzi-la com propriedade e saber ou deixar que as coisas aconteçam sem o nosso controle?
Dá no mesmo? Por certo que não.
A Logosofia ao nos fazer descobrir o nosso mundo interno, nos oferece os elementos, os instrumentos para explorá-lo e alcançarmos as infinitas riquezas que ele contém. É um mundo inexplorado. É um universo. E dentro desse mundo cada um encontra um ser que quer participar de nossa vida e viver nela e foi, por ignorância, encarcerado dentro de nós e luta para se libertar dos preconceitos e crenças e reinar nesta vida. Esse ser se chama espírito, essa partícula divida, que vive nesse mundo interno e que carrega a nossa herança individual e é a nossa razão de ser aqui na terra.
Como vamos alcançar esse conhecimento do espírito? Através de um método psicodinâmico instituído pela ciência logosófica.
O método logosófico leva o ser a se introduzir gradualmente dentro de si, a olhar para dentro, o que não fez ninguém durante tantos séculos; saber o que há dentro, os recursos com que conta, e assim cada recurso que encontra, cada valor que descobre, é um grande estímulo, uma força extraordinária, um reviver, um encher-se de alegria, de alegria, de otimismo, e de fé em si mesmo. Por que buscar fora o que temos dentro de nós mesmos?
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
A LOGOSOFIA E A DESCOBERTA DE UM NOVO MUNDO
Postado por Eduardo Novaes às 9/26/2008 01:15:00 PM
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1 comentários:
Praticar o ensinamrento e Estudar quando pratica.
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