terça-feira, 30 de novembro de 2010

O curso da vida...



Tudo segue o curso natural e nada pode mudar esse fato.
Tudo o que é é. Nada o que não é jamais será.
Tudo o que se pensa em conquistar não passa de uma idéia em vão que tortura a mente do homem e o afasta da vida.
A vida segue o seu curso natural como as águas do rio desembocam no mar.

Aceitar a vida e amá-la significa unir-se ao divino.
Procurar justificativas e correções para a vida significa opor-se ao divino.
Não existem metas a atingir. Não existe lugar a se chegar. Não existem problemas para serem resolvidos e tampouco questões a serem sanadas.

Descarte suas metas e ame o seu Caminho, pois todos os seus propósitos reais serão realizados. Apenas siga o seu Caminho e todas as respostas serão reveladas. Está tudo contigo, tão inevitável como o curso das águas do rio.

sábado, 27 de novembro de 2010

A renovação do AGORA!



Há tantas coisas esplêndidas na vida tornando-se comuns aos olhos do homem, deixando de ser enxergadas na sua magnitude. A existência nos aponta em suas obras a sabedoria suprema e, mesmo assim, passa despercebida diante do comodismo e do olhar cego, que procura seu foco no brilho da ilusão.

A todo momento, novos ares entram em nossos pulmões e o ar antigo e inútil é eliminado. É uma função vital que passa despercebida... A respiração contém o princípio da mutação - o ar não é mantido, é renovado. No entanto, a criatura humana insiste em manter o que não lhe é mais útil e não lhe pertence, como se tivesse conquistado algo e não pudesse perdê-lo. Quem conquistou? Quem perderia? Não é a vida uma troca constante? Enquanto o passado não é liberado, o presente permanece com ar de podridão.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Integridade no caminho...



O que define a integridade de um indivíduo são as suas escolhas e o seu caminho. Muitos pensam seguir um caminho quando na verdade estão perdidos. Eles olham para frente e seguem rumo a um objetivo, mas abandonam a sua origem. Podem chegar ao destino, mas são incapazes de realizar o objetivo, pois aquilo que originalmente deu início à caminhada foi perdido. O caminhante original perdeu seu ideal e cedeu seus passos a outro. Como pode ter chego ao final assim?

Um caminho só pode ser considerado verdadeiro se a sua origem for preservada. Não como passado, mas sim como um ideal constantemente renovado. Se isso estiver presente por todo o caminho, a unidade prevalece através do tempo e do espaço. Isso significa constância. Quem tem a virtude da constância perdura, pois forma com o seu caminho uma unidade, sem desvirtuar apesar dos ciclos que ocorrem constantemente. Seus objetivos são facilmente realizados, pois existe foco e força. Já aquele que abandona a sua origem se abstém da união com o seu propósito maior e se torna vítima de sua própria ilusão. O que para ele tem valor é em função de algo que negligencia, o que o faz viver em conflito e em guerra consigo e com o meio.

No mundo da dualidade, o homem evidencia a sua espiritualidade ao assumir o compromisso com a unidade. Conduzindo a sua vida a partir de sua fonte original e adaptando-se aos ciclos com consciência da unidade, vive de forma plena. Frente a uma verdade, onde só um lado é aparente, ele toma consciência do lado oculto e mantém o respeito por ambos. Por isso é respeitado e preservado.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Simplesmente acontece! Permite?

  

Na sociedade, somos movidos a querer ser alguém, fazer algo, conquistar, sentir prazer... Tudo isso se resume em uma palavra: desejo. E o que é esse desejo se não a mente querendo buscar ilusoriamente no exterior o que habita no interior? Essa é a ação do ego, um produto da mente, e não a nossa ação pura e natural.

Se abandonarmos a mente e nos libertarmos dos desejos supérfluos do ego, o que nos move? Simplesmente acontece! Sem a ideia de um "eu" separado do todo, nos fundimos à natureza e o que nos move então é a mesma força que balança as folhas das árvores e as faz dançar no ritmo da existência. Somos movidos pelo sopro universal, pelo espírito de vida. Não precisamos da mente para nos mover como robôs. A verdadeira força motriz (Qì) é natural e tem um fluxo harmônico. Chove quando é hora de chover e venta quando é hora de ventar. Assim se tornam as nossas ações: simples e naturais.
 
Não se deve confundir "não-ação" com negligência. A natureza age pela não-ação. Um tigre caça a sua presa porque é de sua natureza caçar; essa é a sua não-ação. Se queremos algo, é natural ter uma força que nos impulsiona a alcançá-lo; perseguindo esse objetivo, praticamos a não-ação. Se por preguiça ou comodismo deixamos de ir atrás, então o ego está agindo e deixa de ser não-ação. A questão é fazer as coisas sem apego, aceitando o destino que o Universo dá a essa ação.

Não há fórmulas para descobrir se devemos ou não agir. Na verdade, só existe "dever" em nossas mentes. Se achamos que devemos fazer isso ou aquilo, já é uma interferência da mente. A não-ação é algo intuitivo e espontâneo, então a questão de agirmos ou não depende da nossa disposição consciente no momento. Temos que ir atrás do que queremos ao invés de esperar acontecer. Se deixarmos de ir atrás, pode até ser que por fatalidade a coisa aconteça, mas se nos dispomos a ir atrás, a chance é muito maior. A questão passa a ser então o que queremos de coração e o que é um desejo do ego. Isso a gente descobre no decorrer da vida, essa é a graça. Quando você souber definitivamente, então será um Iluminado.

Quanto mais natural for o comportamento, mais estará perto da não-ação. Essa naturalidade e espontaneidade é o que significa agir com o coração. Quando agimos com o coração, agimos em harmonia com o Universo e, portanto, no momento adequado. O que acontece é que muitas vezes achamos que agimos com o coração quando na verdade é a mente que está agindo. É como confundir a paixão da mente com o amor do coração. Quando realmente agimos com o coração, não criamos expectativas, portanto o que acontecer a partir disso passa a ser aceito naturalmente. Do ponto de vista da totalidade, não há frustração.

Lembre-se: fazemos parte da natureza. Se agimos assim ou assado, nada interfere no ritmo natural, apenas traz consequências positivas ou negativas para nós e para o meio. O nosso livre-arbítrio faz parte da vontade do Céu e da Terra, nós decidimos como usá-lo. O importante é que além do livre-arbítrio, usemos a CONSCIÊNCIA.

O mais importante de tudo é nos sentirmos em paz e felizes com nós mesmos. A partir disso, quanto mais ampliamos a percepção da nossa própria realidade, mais nos sentimos conectados com o todo. Consequentemente, a nossa paz torna-se a paz do mundo. Pode parecer meio utópico e ingênuo, mas é o que acontece mesmo. Não existe nenhum mal além do que criamos em nossas mentes.
 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ser criador da própria REALIDADE?



Muito se especula a respeito da realidade. Ciência, filosofia, religião, todos defendem uma teoria com base em suas próprias deduções. Há aqueles, no entanto, que percebem que todas as verdades apontadas por alguém são válidas apenas sob determinado ponto de vista. Ao se fazer uma afirmação, automaticamente, algo é negado e assim, nada do que é dito atinge a verdade em sua totalidade. Se a verdade é absoluta, nada pode ser excluído, que é o que acontece quando se propõe qualquer tese.

Podemos falar com propriedade de alguma coisa se a nossa visão sobre isso é baseada em nossas percepções e experiências pessoais? Podemos pensar em termos de uma realidade universal que abranja a todos, mas cada um tem sua própria interpretação dessa realidade. Mesmo que haja uma verdade universal e que cada fenômeno tenha uma verdade intrínseca, para nós, o que importa é como percebemos isso. Não faz diferença se algo tem certas propriedades se a mente humana não é capaz de conceber em sua lógica.

A filosofia hindu fala sobre atman, que é a realidade ou espírito de cada ser. O budismo inovou ao dizer sobre anatman, que significa que nada tem uma substância, que tudo é vazio em essência e que é a nossa mente que atribui valor aos fenômenos. Se antes fora dito sobre a realidade exterior, nesse momento é dito para voltar os olhos para si mesmo, pois tudo o que conhecemos vem da mente. Todos os conceitos que carregamos e através dos quais identificamos qualidades como se fossem propriedades dos fenômenos são criações pessoais. Se todos interpretam as coisas segundo suas próprias concepções, a verdade é relativa.

Vivemos e interagimos com o mundo como se os acontecimentos provocassem por si mesmos uma resposta em nós. Esquecemos que é a nossa percepção particular das coisas que responde. A nossa realidade mental está lá como causa, esperando o momento para se manifestar. É a mente que dispara o gatilho e ativa nossas reações, enquanto inconscientemente funcionamos como robôs programados. Nós permitimos que o exterior, que na verdade é um reflexo nosso, nos controle. Entregamos o poder à mente, que é o resultado de nossas próprias intenções e nos tornamos escravos dependentes dela. Enquanto nos sentimos vítimas da realidade, não percebemos que o "eu" que vive essa realidade nada mais é do que a totalidade de comportamentos, pensamentos e emoções que nós próprios alimentamos.

Apesar de todos os condicionamentos, somos livres para criar a nossa própria realidade. Ao invés de viver dando respostas automáticas ao mundo, o homem pode transformar a sua percepção da realidade e assim, se transformar. Se a única realidade que reconhecemos é a nossa própria realidade, cabe somente a nós usarmos a sabedoria para torná-la como queremos que seja.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O "Caminho" dos caminhos!


Quando se está num caminho, é impossível estar em outro. Por mais que vários caminhos se mostrem possíveis, se seguir um deles, estará abandonando o caminho original. Há um caminho que o coração reconhece e que leva à plenitude do ser. Não se trata na verdade de um caminho, mas O Caminho.

A todo momento fazemos escolhas, mesmo que automáticas. A mente reconhece múltiplas alternativas e as analisa com base na distinção entre bom e ruim, questionando qual caminho seguir. É importante se ter consciência de que os apontamentos da mente discriminatória não tiram o valor da verdade por trás das aparências, da totalidade por trás dos fragmentos. Ou seja, nenhum pensamento alterará a realidade daquilo sobre o qual se está pensando. As coisas são o que são, independente de nosso julgamento.

Se o grande caminho for abandonado através de uma escolha, saiba que não o abandonará realmente, mas apenas ilusoriamente através da mente. Para voltar à origem, será necessário desapegar-se das falsas verdades e optar pela não-mente, pela não-fragmentação de caminhos. Reconheça que as coisas e fenômenos são insubstanciais, que tudo está integrado e, por isso, não existe uma divisão real. Tudo é uma unidade. A ideia de que tudo está separado é uma óptica mental. É preciso transcender a mente para reconhecer que o eu, os outros, o nome que temos e o que damos às coisas como parcelas do Universo são apenas conveniências. A consciência iluminada do Dào, o caminho uno e vazio, não faz essa distinção. Eu sou o que os outros são, o que os astros e todos os fenômenos são: manifestações da confiança espiritual, decisão consciente, ouvir a voz do coração, certeza intuitiva, centrado e sereno em meio ao caos, sublime acima dos valores aparentes e finalmente SER & NÃO SER...

 

sábado, 20 de novembro de 2010

Reavaliação da vida, quando?



No ritmo de "corre-corre" do dia-a-dia, são raros os momentos dedicados ao silêncio e a um contato mais profundo com nós mesmos. Podemos culpar o trabalho, o estudo, os filhos ou seja o que for, mas o fato é que sem nos darmos conta, pouco a pouco o bem-estar deixa de ser prioridade em nossas vidas. Isso é espantoso, já que a principal busca do homem é pela felicidade. Não é de se admirar que a maior parte da sociedade sofra com desgaste físico e problemas de origem emocional.

É urgente a necessidade de revermos as nossas prioridades e desacelerarmos o nosso ritmo descontrolado. Não somos robôs e mesmo eles necessitam de manutenção constante. Não é uma tarefa muito fácil parar e olhar para nós mesmos, pois permanecemos atolados no meio das "obrigações" que a sociedade ajuda a nos sobrecarregar. Precisamos, antes de tudo, nos livrar dos entulhos que escondem a luz que irradiamos.

Será que você descansa o suficiente? Se alimenta bem? Sono e alimento, apesar de ficarem lá no final da lista de prioridades da maioria, são o fundamento da nossa saúde. Nos momentos de descanso, como você aproveita? Entorpecendo a mente na frente da TV? Não que isso seja totalmente ruim, mas na programação da TV você vai encontrar o mesmo teor de loucura que está acostumado na vida diária. Isso definitivamente não é repouso, é um momento de receber passivamente mais informações caóticas no subconsciente. Somos programados para gostar do caos.

O meu convite é para que aprenda algo que a sociedade não ensina: a se respeitar como ser vivo e a se amar. Adquira hábitos que te façam bem; ao invés de fugir de si mesmo, permita-se conhecer um pouco mais, sem julgamento. Tudo o que somos tem uma razão de ser, só nos cabe sermos felizes assim. Descubra o seu tesouro interior, enfrente o medo do silêncio e relaxe na sua própria companhia. Prove o gosto especial que a vida tem não do jeito que queremos que ela seja, mas do jeito que ela é.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Centralizar seu destino...



Como pode o homem sentir-se vítima das circunstâncias quando tudo o que lhe acontece é fruto de uma semente que plantou? O exterior é um reflexo do interior, assim como o homem é um reflexo do ser infinito. O eterno ir e vir, o subir e cair mundano, não afetam o espírito da vida. Se o filho da existência permanecer centralizado em seu ser, poderá contemplar a beleza da manifestação. Com o coração em paz, a vida se mostrará um espetáculo milagroso.

Quem se afasta do Caminho, do centro do ser, inevitavelmente se vê vítima do ritmo da vida. O subir radica no cair - isso é natural e belo. Para aquele que está descentralizado, essa bela lei parece um castigo aprisionador. A vida não conhece o aprisionamento como o homem o conhece.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Por quê o Abandono?


Abandonar... Trata-se de um termo considerado negativo pelo senso comum da socidade. Ele remete à perda, à separação, ao sacrifício, quando o que a sociedade valoriza é o ganho, a soma e a obtenção de cada vez mais. Todos se dedicam a atividades de ganho, seja cultural (estudo) ou financeiro (trabalho), mas muito pouco é dedicado ao abandono.

É natural, na existência cíclica que vivemos, que as coisas percam o seu valor e necessitem de renovação. Para haver um fluxo de harmonia na vida, é importante aprender a liberar tanto quanto a receber. Quando se acumula bens, idéias, emoções, dentre outros, com o tempo, a mente passa a integrá-los em sua existência e não consegue mais distingüir o que é inato e o que é adquirido. Quando isso vai embora, sua perda é sentida com sofrimento, como se fizesse parte da pessoa. Tudo tem o seu tempo de validade e o melhor que podemos fazer é aprender a lidar com essa lei natural.

Uma das principais ferramentas para esse exercício é a meditação. Ao meditar, todos os pensamentos e emoções são deixados de lado. Para nos encontrarmos, tudo é abandonado - seja algo agradável, doloroso, sagrado ou profano. O importante é a experiência direta de permanência no vazio. Quando tudo é abandonado, algo permanece, pois há uma força natural para que as coisas encontrem o seu caminho. Ao se esconder as jóias, os interesseiros se vão, mas os amigos que realmente importam ficam. No caminho da verdade, só o que é real tem valor.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ter opinião formada o faz lúcido?



Como é bom não ter opinião! "Tanto faz", "pode ser", "quem sabe?", "não sei"... Que sábias palavras!

Ninguém se aproxima tanto da verdade nem é tão livre quanto alguém que não tem uma opinião rígida a respeito das coisas. Sempre será visto como um alienado e bobo, embora seja o mais sábio. Afinal, existe maior sabedoria do que achar tudo relativo num mundo onde não existem absolutos?

O "sim" de hoje pode ser um "não" amanhã. Que digam que é um louco, o que importa? Ninguém conhece tão bem o sentido da vida quanto o tal louco. Vive com o espírito em paz, sem se importar com o que pensam nem com o que dizem. Ele transcende o entendimento comum, tão aprisionado em padrões sociais. Ele conhece a fonte, não precisa dos canais. Por isso, sempre o verão com maus olhos. Mas ele não se importa: respeita a todos da mesma forma, pois sabe que vivem na ilusão e seus julgamentos são frutos da ignorância. Ou não... Quem sabe?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fluir a vida ao infinito ao sabor do viver...



O universo é um todo: um só ser manifestado na existência.
Toda a existência consiste em canais por onde a fonte do infinito se manifesta. De acordo com as características de cada um, poderão fluir com maior facilidade determinados elementos, com tendência a um dos seus lados duais. Quando há consciência de que a existência é condicionada por esses fatores, a harmonia prevalece. Porém, quando isso é ignorado e se acredita ser uma entidade independente, apegando-se a valores convenientes e eliminando-se as aversões, o ego se engrandece, gerando discórdia e sofrimento - efeito resultante da quebra da harmonia. É o que acontece quando se parte para o extremo: seu lado oposto, que foi abandonado, será reposto de alguma forma para haver o equilíbrio. É a lei universal do carma. Todos temos débitos cármicos, que são buracos outrora abertos que devem ser recompensados.

Impedindo algo de fluir através de nós, sem aceitá-lo e reprimindo-o, perde-se a totalidade da luz que deveria brilhar em cada um. A vida perde a sua totalidade e a pessoa torna-se um condutor entupido, incomodado sempre por evitar o que fere a noção egóica de ideal, mas que é algo pendente para ser resolvido. Não há como escapar, o carma acompanhará a pessoa vida após vida. O adiamento só traz mais sofrimento. Ao se permitir ser você mesmo aceitando com consciência suas características consideradas ruins, elas fluirão com as outras energias, ficando o bom senso encarregado de mantê-las em ordem. Sem medo nem vergonha de si mesmo, o equilíbrio se fará e o universo fluirá pacificamente.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O sabor da vida.


Os acontecimentos da vida carregam cada um seu próprio sabor: doces momentos, amarguras... E a vida vai sendo temperada a gosto da existência - de modo vezes mais agradável ao nosso paladar, vezes menos. O paladar filtra o que é bom e o que é ruim através da mente discriminatória. Perdido o paladar, há puramente a alimentação, sem discriminação. Todo o alimento é bem-vindo, pois nutre o corpo, a morada do espírito.

Somos nós mais sábios do que o Universo para saber o que nos faz bem ou não? A harmonia é feita entre a luz e a sombra, entre o alto e baixo, entre o doce e o amargo. Pela nossa mente, permanecemos em um dos pólos e evitamos o pólo oposto, daí surge a desarmonia. Ao adotarmos uma atitude vazia perante a ação da existência, tudo flui em equilíbrio e o benefício certamente é gerado, seja a curto ou longo prazo. O amargor vem de uma visão superficial e limitada. Nas profundezas da verdade, longe da discriminação mental, tudo tem um sentido, tudo é válido. Nada está a nosso desfavor. Isso é consciência. A vida é bela, afinal. 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Confiança no Caminho do meio...



Fazer o que deve ser feito no momento sem a preocupação de onde isso vai dar é trilhar o Caminho. O Destino não está nas nossas mãos, mas, ao mesmo tempo está, para aqueles que almejam serem o "senhor dos seus destinos". Isso é na verdade um "paradoxo" nas mãos da inteligência suprema. O Caminho é um fim em si mesmo. Não há início, não há fim. 

Os filhos do Caminho devem confiar em sua fonte, para que ela jorre toda a sua luminosidade e guie suas vidas em harmonia. Se em algum instante, te afastares do Caminho, não o procure. Mergulhe interiormente, contemple o silêncio e diante de ti encontrará a luz para os teus passos. 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Realização passageira ou constante?



Só podemos iniciar se houver uma origem; só podemos caminhar se houver um caminho; só podemos finalizar se houver um fim. Muitas vezes, seguimos o nosso caminho de modo incerto, sem saber se é o nosso próprio caminho ou o dos outros. É preciso consciência! O que queremos da vida? Todos buscam a mesma coisa: plenitude, realização. Só podemos nos realizar se tivermos uma definição do que é essa realização e de quem somos nós, pois a realização é estritamente pessoal. O que em nós foi herdado dos pais, da sociedade ou seja de quem for, tudo será descartado no caminho da realização. Só o que é inato perdura.

O mundo fenomenal é um ciclo de altos e baixos. Todo começo tem seu fim; toda luz tem sua sombra. Nada é permanente e, dessa forma, a realização não é definitiva. Somente elevando a consciência além dessa realizade impermanente é que é possível ter verdadeira plenitude. Devemos ser a própria causa da nossa plenitude. Não deve haver separação entre nós e a nossa realização. Isso é iluminação.

O verdadeiro objetivo que buscamos é a iluminação. Muitos confundem a luz mundana com a luz divina, mas no ciclo de altos e baixos da vida, uma hora nos deparamos com a verdade. Então é hora de optar: ou seguir o caminho real ou continuar perdido na ilusão. Para seguir o Caminho, devemos estar nus, íntegros e decididos. Não há lugar para fórmulas ou credos; devemos fazer por merecer estar lá. É uma jornada solitária, onde devemos provar a cada momento que estamos caminhando com os nossos próprios pés e que o que queremos é exatamente o que o Caminho quer. Nada mais pode interferir na realização, então ela acontece.

sábado, 6 de novembro de 2010

Você é substituível no trabalho e também, na vida?



Um amigo me disse "ninguém é insubstituível". Só se para ele, porque eu ainda vivo para tentar substituir pessoas que se foram, muitas vezes sem motivo, e deixaram apenas um lugar vazio, um buraco insubstituível. A verdade é que ninguém é igual, portanto ninguém pode tomar o lugar de alguém. A falta que ele faz, só ele pode preencher, por mais eles que existam no mundo é daquele ele que eu sinto saudade, e é só ele que pode matá-la.

No entanto, é melhor pensar que você viveu algo tão marcante que esta pessoa passou pela sua vida e hoje ninguém se compara à ela, melhor assim... ou quem sabe um dia você vai em busca e tenta recuperar o tempo perdido. Vivemos a cada dia perdendo chances e ainda assim em busca costante por uma segunda chance. Mas, nem sempre a vida nos dá uma segunda chance e nem sempre a chance nos dá uma segunda vida. Não posso te substituir, não enquanto eu te sentir. Acho que enquanto você fizer falta, ainda estará aqui comigo, de alguma forma, menos doce do que antes, mas não menos importante.


Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: “ninguém é insubstituível” .
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.
Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim.
-E Beethoven ?
- Como? – o encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio…..
O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da “máquina”(organizaçã o) e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? etc…
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus ‘erros/ deficiências’ .
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico …
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro . Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador , ainda está focado em ‘melhorar as fraquezas’ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/ técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural , os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças.
Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões ‘foi pra outras moradas’. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: “Estamos todos muito tristes com a ‘partida’ de nosso irmão Zacarias… e hoje, para substituí-lo, chamamos:… . Ninguém … pois nosso Zaca é insubstituível”
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único… com toda certeza ninguém te substituirá!
“Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo…, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.”
“No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é…, e outras…, que vão te odiar pelo mesmo motivo…, acostume-se a isso…, com muita paz de espírito…”.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Acreditar em sua própria divindade...



Estamos vivendo uma história completamente entravada, distorcida e manipulada. Não conseguimos entender a nossa existência. Nascemos e já somos inseridos no sistema. Sistema esse que nos “educa”, “ensina” e nos molda pra vida. E isso é que forma, cria e estabelece a nossa realidade, nossos paradigmas.
Tudo que pra nós é real, se baseia da percepção dos nossos 5 sentidos. Usamos apenas um lado do cérebro, o lado esquerdo que é o lado da razão, da lógica, da matemática, porem não usamos o lado direito que é o lado da criatividade, da arte e da intuição. Esse lado direito é o lado que nos conecta ao Cosmos, ao Universo, nos conecta as possibilidades infinitas, nos conecta a sabedoria da criação.
Nosso cotidiano é tão regrado em estabelecer um “padrão de vida” alicerçado na busca de dinheiro, que esquecemos completamente da nossa natureza. Somos cada vez mais incompletos e não encontramos respostas equilibradas ou compatíveis, pois nosso EGO está sempre em primeiro lugar.
Ego (“EU”). “É um dado complexo formado primeiramente por uma percepção geral de nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registros de nossa memória"
Carl Gustav Jung.
É preciso resgatar essa parte faltante. Acreditamos que a felicidade está relacionada em adquirir coisas. Ela está sempre “fora” de nós e nunca a alcançamos. Dessa forma encontramos uma “falsa felicidade” que só poderá nos dar uma falsa sensação de felicidade. Podemos comparar isso ao viciado que está sempre obcecado no seu objetivo de conseguir sua próxima dose, o que lhe proporcionará seu “alívio”.
A realidade é que perdemos a nossa essência e o sentido do propósito de estarmos vivos. Agimos como robôs.
Nos concentramos em coisas superficiais.
Criamos necessidades artificiais e o pior disso é que nem notamos.
O Sistema “REGE” nossas vidas que só é o que é, porque acreditamos que tem que ser assim.
Somos como computadores com um Sistema Operacional instalado em nossos cérebros (HD) que segue suas diretrizes.
ACORDE!!! Perceba que sua vida é o que você quer que ela seja. Saia dessa Matrix, dessas diretrizes. Desestabilize as “diretrizes”. Instale um “vírus” nesse sistema. Revolucione seus pensamentos. A única RE-evolução que existe é a revolução da consciência.
Use os dois lados de seu cérebro. Podemos desenvolver habilidades incríveis.
A lógica e a criatividade, a razão e a intuição, o corpo físico e o espírito.
Não há nada de “sobrenatural” nisso, aliás, nada pode estar acima ou sobre a natureza, pois a natureza é tudo aquilo que de fato existe.
Somos parte na totalidade da natureza e estamos conectados a ela. Portanto, nada é místico ou sobrenatural, certo!?
O conhecimento molda a consciência que por sua vez, é adquirida através das experiências, e delas podemos buscar a evolução, nosso melhoramento, nossa felicidade, nossa auto-realização.
Geralmente, nós interpretamos “Deus” como algo unicamente externo. Pensamos em Deus como um ser separado de nós. Essa é a causa dos conflitos. Se Deus também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade. Mas se acreditarmos que Deus está exclusivamente do lado de fora, então supomos que somente ELE pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Não podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre é devido a vontade de “Deus”. Temos de reconhecer o deus que há em nós.
Acredite, você é um deus...
...O discernimento é um atributo de um ser inteligente que numa busca infinita aprende que o erro é necessário para sua compreensão. E compreender o infinito é o mesmo que conhecer a si mesmo...
...Penso...logo existo, e se existo e penso, deduzo que posso opinar, investigar, ler e contrastar. Sinto e penso e posso investigar. Sou livre de aprender, respirar, viver, pensar, crer e de argumentar...