segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

PARA VENCER A MORTE



A única certeza que temos sobre o nosso futuro é que um dia iremos morrer. Ela é tão cristalina como o suceder dos dias e das estações, como a renovação constante da vida na qual a morte cumpre o desígnio de uma lei e de uma Vontade infinitamente superior à nossa.

Morrer seria como dormir? Estaria certo o poeta inglês ao colocar nos angustiados lábios de Hamlet as misteriosas palavras sobre o sono da morte?

Nós, que tão pouco entendemos sobre o significado da vida, ficamos perplexos defronte das várias teorias e crendices sobre o desenlace para o qual caminhamos inexoravelmente.

A morte é a ausência de atividade; é a inércia que corrompe as células mentais e prostra o indivíduo na frieza e no mutismo da indiferença defronte do que acontece a si mesmo e à humanidade.

Esta é a morte em vida; a morte contra a qual podemos e devemos lutar para que as nossas vidas não sucumbam na indiferença, no tédio, no vazio e na depressão.

Para a Logosofia, vencer a morte é vencer a inércia mental; vencer a rotina e a mesmice do suceder repetido de dias e de anos; criar novas atividades, novas idéias e um novo ser humano das cinzas do velho ser, este sim, que deve morrer definitivamente: o velho homem de preconceitos e temores seculares.

Assim, a cada morte e renascer diários, a cada amanhecer que suceda à noite da transição, saibamos experimentar a sensação de vida que se desprende de toda a atividade construtiva que sejamos capazes de empreender.

Reflexão do dia:
Nós não podemos mudar nada sem que primeiro a aceitemos
(Carl Jung)

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